21 abril 2006

Cravo de Abril

Chegou com a força e a cor da juventude. No esplendor do seu vermelho, espalhou um perfume inebriante quase alucinógeneo. Atingiu-nos com as suas promessas de doce pólen. Acreditámos.
Os anos foram passando, e da cor, perfume e promessas do viçoso cravo, pouco sobrou.
Jaz morto e apodrece como tantos outros sonhos.

4 comentários:

Trilby disse...

Mudaram-se os tempos mas há quem não tenha mudado as vontades.

Diafragma disse...

Parafraseando um poeta "Por morrer um cravo não morre a Primavera".
Atravessamos momentos muito difíceis, é certo, mas não podemos esquecer duas coisas: que são precisas gerações para que haja mudanças, e que houve progressos impensáveis há 30 ou 40 anos.
Abr.

Anónimo disse...

O cravo murchou tanto que me faz desejar matá-lo!
A justiça é o que é. A política é o que é. A saúde é o que é. O ensino é o que é.
Não há vergonha; não há educação; não há esperança!
Portugal virou "chunga, grafitado, anormal, apretalhado" em nome de quê? Da liberdade? Morra a liberdade...abaixo esta liberdade! E veja-se o «Largo de Jesus»... olhem com olhos de ver, o monumento erigido à democracia do cravo! Morra o cravo e esta geração de laxistas.

Mónica disse...

sonho é sonho!