Como se fizessem parte da paisagem, integram-se no caos da própria cidade. Escondem-se nela, alimentam-se, sofrem, mas sobrevivem. São estas as verdadeiras crises, que já nem são notícia, não vendem papel, incomodam.
É, a Blue tem razão. Lixo no meio do lixo, já não homem, já não nada, nada que importe a alguém. Retrato num país e de um país. Lisboa à noite parece cada vez mais Calcutá, com gente (ou já não gente, lixo?) a dormir no chão por todo o lado. Estamo-nos a transformar em qualquer coisa pouco agradável, uma espécie de revolução ao contrário, um retrocesso... Boa foto
Nascemos e morremos sem nada. A valorização (nossa e dos outros), adorna-nos a vida com o indispensável, e por vezes bastante mais do que isso. Mas nessa foto está a nossa verdadeira natureza quando nos atrevemos, ou nos empurram, para a travessia do mundo sem nada adquirido nem ninguém que nos admire. Resta ficar à espera que alguma coisa nos caia de cima, sentados entre a o que a abundância dos bafejados rejeita. Pergunto-me se chegarão a ter esperança que um dia lhes calhe um mundo melhor. Onde é que raio deixámos de ser filhos da natureza? Onde é que perdemos o abrigo?
12 comentários:
Toda una foto de denuncia. Buen detalle esa mano, pidiendo el favor, frente a una calle casi vacía. Alegórica.
Saludos
Lo que más llama la atención en mi opinión, es ver al individuo flanquedao por cubos de basura.
Saludos!
É, a Blue tem razão. Lixo no meio do lixo, já não homem, já não nada, nada que importe a alguém. Retrato num país e de um país. Lisboa à noite parece cada vez mais Calcutá, com gente (ou já não gente, lixo?) a dormir no chão por todo o lado. Estamo-nos a transformar em qualquer coisa pouco agradável, uma espécie de revolução ao contrário, um retrocesso...
Boa foto
é preciso acreditar, como diria o poeta
que numa noite de esperança
haja um sol a brilhar
Nascemos e morremos sem nada. A valorização (nossa e dos outros), adorna-nos a vida com o indispensável, e por vezes bastante mais do que isso. Mas nessa foto está a nossa verdadeira natureza quando nos atrevemos, ou nos empurram, para a travessia do mundo sem nada adquirido nem ninguém que nos admire. Resta ficar à espera que alguma coisa nos caia de cima, sentados entre a o que a abundância dos bafejados rejeita. Pergunto-me se chegarão a ter esperança que um dia lhes calhe um mundo melhor. Onde é que raio deixámos de ser filhos da natureza? Onde é que perdemos o abrigo?
el detalle hace la diferencia. la mano que pide flanqueada por los botes de basura valen más que mil palabras que expliquen la marginación
Qué foto más dura!
Como dice Ángel, una buenísima foto denuncia, que nos hace pensar.
Unos con conciencia, otros con ella. Y esta es el mejor modo de estar, aún estando en la miseria.
Buen fin de semana!
Grande foto! Uma poesia do cotidiano. Abraço
hui...que foto!!! Muito boa mesmo. Excelente angulo!
Triste realidad... Bonita imagen
very good photo, even if from a hideout position.
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