05 dezembro 2005

Dança


"Se procurarmos a verdadeira fonte da dança e nos virarmos para a Natureza, verificamos que a dança do futuro é a dança do passado, a dança da eternidade, que sempre foi e será a mesma."

Isadora Duncan (1878-1927)

02 dezembro 2005

moinho

Só para lembrar que as energias renováveis, são conhecidas em Portugal há séculos.

27 novembro 2005

Teia

Assim, ostentando o orvalho da manhã nem parece uma armadilha silenciosa, à espera de um qualquer incauto que passe. Lembra-me Cavaco que silenciosamente vai tecendo a sua teia, também ele à espera das vítimas distraídas que fiquem ao seu alcance.

24 novembro 2005

Rio Azul!

Não há no mundo um Rio Azul igual ao teu
que em certos dias é mesmo da cor do céu
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22 novembro 2005

Curvado

Cansado. Com o dorso curvado pelo peso dos dias e pela miséria das mentiras diárias.
Ou apenas um ser despojado e humilde, como se tivesse saído agora de um qualquer útero.

21 novembro 2005

Barrete

Para quando políticos que deixem o barrete ganhar teias de aranha, em vez de teimarem em lhe dar uso a toda a hora.

16 novembro 2005

Barba

Com um tejadilho como tecto e um retrovisor como espelho, ainda sobra vontade para o barbear matinal.

14 novembro 2005

12 novembro 2005

Memória 2

Mais um exemplo, da dinâmica económica característica do Cavaquistão, de má memória.
Em busca de mais um tacho e a sonhar com o presidencialismo, até é capaz de dizer mal de si próprio. Como dizia o poeta, "ó glória de mandar, ó vã cobiça....."

10 novembro 2005

Memória do cavaquismo

O silêncio de Cavaco destina-se a fazer esquecer a marca que deixou na sociedade portuguesa. Cabe a quem tem memória, relembrar o milagre cavaquista. Deixo aqui alguns habitantes desse oásis, ostentando traços da genialidade económica dinamizada pelo sr.Anibal de Boliqueime.

09 novembro 2005

04 novembro 2005

Aviso

Aos interessados, informo que encontrei o interruptor que acende a luz ao fundo do túnel. Contrariamente ao que nos querem fazer crer, não se encontra relacionado com nenhuma candidatura à presidência. É apenas um modesto interruptor, que já nem deve funcionar, depois de tantos anos de inactividade.

31 outubro 2005

Aranhas

As aranhas são carnívoras e têm muitas formas de capturar as suas presas. Aguardam que a presa pise a sua armadilha atacando-a imediatamente e sugando tudo o que a vítima tiver, quanto mais a presa se debate, mais se enreda na teia.
Andam entre nós, chegam a parecer gente, vestem amiúde fato e gravata. Só uma observação atenta nos permite identificar os seus verdadeiros objectivos, sem cairmos na sua teia.

29 outubro 2005

Máscara

Neste teatro do real, raramente vemos cair, a máscara dos protagonistas.
É pena!

24 outubro 2005

Lingua da sogra

Esta era uma imagem mágica da minha infância, do tempo em que não havia uma pastelaria em cada esquina. A voz amplificada pela corneta despoletava nos putos uma tentação irresistível, mães, avós, vizinha, não importava quem, alguém tinha que soltar a moedinha para comprar a língua da sogra. Ninguém sabia quando, nem donde saía aquele homem com a lata às costas e a corneta na boca, sabíamos apenas que a lata era a arca do tesouro.

20 outubro 2005

O desejado

É o fado português de esperar os Messias. Ontem D.Sebastião, hoje D.Cavaco.
Tentei dar o meu melhor, mas a foto mais recente do Messias que encontrei foi esta. Deve ser do tempo de faculdade, com o cabelo e a barba compridos, ou então de Albufeira, quando andava a engatar "camones" na praia.

19 outubro 2005

Estranhos manequins


Manequins humanos, surpreendentes pela sua energia. Palco, passerelle, cena, sei lá o nome do espaço onde eles deambulavam.

17 outubro 2005

Gafanhoto


Gafanhoto, gafanhoto,
quero passear contigo,

podes ser um bom cavalo,

se eu for muito teu amigo.

16 outubro 2005

Jazz

O piano avança seguro na sua melodia. Apenas na pauta, as notas parecem querer desaparecer.

José Fanha

ORVALHO

Roubas a luz

ao céu cinzento
e vestes folhas flores e ervas
com vestidos cintilantesÉs água e luz
a mais doce e breve e cristalina.És o meu amigo das manhãs brumosas
e eu peço que me ensines o ofício claro
da tua transparência
para que me torne num fantástico alfaiate
e cubra a minha amada pela manhã
com o secreto nome
de uma flor feliz.


(de “Cancioneiro Feliz)

15 outubro 2005

Alma

O termo alma, deriva do latim Ănima, refere-se ao princípio que dá movimento ao que é vivo, o que é animado ou o que faz mover.
Difícil é conseguir captar a alma e apresentá-la em pixéis.

14 outubro 2005

Grito

Grito claro


De escadas insubmissas
de fechaduras alerta
de chaves submersas
e roucos subterrâneos
onde a esperança enlouqueceu
de notas dissonantes
dum grito de loucura
de toda a matéria escura
sufocada e contraída
nasce o grito claro


António Ramos Rosa, Viagem Através duma Nebulosa (1960)

10 outubro 2005

sem rede







Os projectos musicais continuam a nascer por essas garagens. Pena que teimem em apostar na cultura global, abraçando linguas e culturas que não deviam ser as suas.

07 outubro 2005

Autárquicas

Agora que vamos às urnas, deixo aqui este cartoon muito oportuno que homenageia alguns dos actuais/futuros autarcas.

04 outubro 2005

Livro

Atento ao movimento das linhas que dançam sob o meu olhar, permaneço imóvel quase estátua. Qualquer movimento, poderia quebrar o encanto e interromper esta hipnose voluntária.

30 setembro 2005

Que Abril?


O olhar triste não engana, até esta criança se interroga. Onde é que deixaram o 25 de Abril? Sobraram apenas os cravos, esquecidos na fúria descontrolada que teima em limpar todas as lembranças do sonho.

28 setembro 2005

Tango2

Não resisto a deixar-vos aqui, mais um cocktail de sensualidade. A música fica por conta do Lusotango.

26 setembro 2005

Roupa lavada


Tomara que a roupa que se vai lavando por esse país fora, ficasse assim tão branca.
Seriam umas eleições muito mais interessantes e certamente com menos abstenção, se os políticos aprendessem a lavar a roupa, assim, deixando-a branca e pura.

22 setembro 2005

noiva

Nestes anos de fotógrafo tenho conseguido fugir (quase sempre) a ter de fotografar casamentos. Já nem sei bem porquê, talvez porque embirre e pronto!
Desta vez fotografei esta noiva especial, mas num descasamento muito divertido.

20 setembro 2005

sombras


Regressam as sombras negras.
Hoje são os militares, amanhã seremos todos, perigosos manifestantes que põem em causa a coesão nacional. Não sei porquê, mas este discurso faz-me lembrar sombras de outrora.

17 setembro 2005

Espera concreta!

Esta é já uma espera desejada, uma espera esperada.
Espera concreta , embora incerta.

Espera incerta!

Esperar. Eis um dos lugares comuns do nosso tempo. Parte da nossa vida é feita à espera, sempre à espera de qualquer coisa que teima em não chegar. Esperamos sempre, mesmo sem sabermos que estamos à espera.

15 setembro 2005

Não importa o quê!


É esta a magia da fotografia, onde o interesse surge do assunto mais banal e aparentemente sem graça.

Mais folhas

Há também umas folhas que não são verdes, nem vermelhas. Encontram-se geralmente a flutuar, fazendo uso da sua excelente capacidade de sustentação. Também são conhecidas por "cortiças", talvez por serem capazes de flutuar em qualquer ambiente.

14 setembro 2005

Folhas secas?

Porque o interior de cada folha seca é vermelho. Livre de todas as clorofilas alienantes, a folha seca ostenta um vermelho inesperado e inexplicável.