O olhar triste não engana, até esta criança se interroga. Onde é que deixaram o 25 de Abril? Sobraram apenas os cravos, esquecidos na fúria descontrolada que teima em limpar todas as lembranças do sonho.
Tomara que a roupa que se vai lavando por esse país fora, ficasse assim tão branca. Seriam umas eleições muito mais interessantes e certamente com menos abstenção, se os políticos aprendessem a lavar a roupa, assim, deixando-a branca e pura.
Nestes anos de fotógrafo tenho conseguido fugir (quase sempre) a ter de fotografar casamentos. Já nem sei bem porquê, talvez porque embirre e pronto! Desta vez fotografei esta noiva especial, mas num descasamento muito divertido.
Regressam as sombras negras. Hoje são os militares, amanhã seremos todos, perigosos manifestantes que põem em causa a coesão nacional. Não sei porquê, mas este discurso faz-me lembrar sombras de outrora.
Esperar. Eis um dos lugares comuns do nosso tempo. Parte da nossa vida é feita à espera, sempre à espera de qualquer coisa que teima em não chegar. Esperamos sempre, mesmo sem sabermos que estamos à espera.
Há também umas folhas que não são verdes, nem vermelhas. Encontram-se geralmente a flutuar, fazendo uso da sua excelente capacidade de sustentação. Também são conhecidas por "cortiças", talvez por serem capazes de flutuar em qualquer ambiente.