31 janeiro 2009

Tijolos


Estoicamente, os tijolos tentam manter a forma da parede a que já pertenceram, apesar de ser cada vez menos o cimento que os liga.

29 janeiro 2009

Um pouco de azul

Prémio Dardos


Os meus amigos do Arremacho e In-coerencias, acharam por bem atribuir a este humilde blogue, o Prémio Dardos.
Por essa distinção, fica aqui o meu agradecimento e a promessa de continuar a alimentar este virus.

"Com o Prémio Dardos se reconhece o valor que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web."

Quem recebe o Prémio Dardos e o aceita deve:

Escolher 15 outros blogs a quem entregar o Prémio Dardos;

Linkar o blog pelo qual recebeu
Exibir a distinta imagem.

Aqui ficam, por ordem alfabética, os nomeados:

1. ArtePhotográfica
2. Avec le temps
3. Blografias com luz
4. bythecanonviewfinder
5. Caderno de campo
6. Caramelosapiens
7. Dear Hunter
8. Entre mim
9. Fotografia Sempre
10. FotoMaria
11. Gaspar de Jesus
12. Marco Reis
13. Olhares Vadios
14. Pela Lente
15. Uma por rolo


19 janeiro 2009

Pavão


Este ano, pela sua importância política, foi considerado o Ano Nacional do Pavão. Preparem-se para um ano cheio de desfiles destes animais emplumados.

13 janeiro 2009

Ponto de fuga


Tentativas para um Regresso à Terra

O sol ensina o único caminho
a voz da memória irrompe lodosa
ainda não partimos e já tudo esquecemos
caminhamos envoltos num alvéolo de ouro fosforescente
os corpos diluem-se na delicada pele das pedras

falamos rios deste regresso e pelas margens ressoam
passos
os poços onde nos debruçamos aproximam-se
perigosamente
da ausência e da sede procuramos os rostos na água
conseguimos não esquecer a fome que nos isolou
de oásis em oásis

hoje
é o sangue branco das cobras que perpetua o lugar
o peso de súbitas cassiopeias nos olhos
quando o veludo da noite vem roer a pouco e pouco
a planície

caminhamos ainda
sabemos que deixou de haver tempo para nos olharmos
a fuga só é possível dentro dos fragmentados corpos
e um dia......quem sabe?
chegaremos

Al Berto