![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ2jPiPxoq-VKS7Arz4g8eQ1mTSImHZ8ELS0PK0ME5YErtp_si5IhpuZVxpIt2XUYPF37e3JcHBpCAHU36wFY03zBdqE8n40X_nzOjVgHx0mSkduEHWYS8B1GXlHMMxmqSaI0/s320/cereja.jpg)
por tràs dos muros da
cidadeno seu coração profundo de alicercesde argilas e
de sísmicos arroios - cresce uma vozque sobe e
fende a brandura das casas da escrita dos
enumeráveis povos quasenada resta - deitas-te exausto na
lâmina da luasem saberes que o tejo te corrói e te
suprimede todas as idades da europamais além -
para os lados do corpo - permanecea tosse dos
cacilheiros os olhos reviradosdos mendigos - o tecto onde
um navionos separa de um vácuo alimentado a
soroplátanos brancos recortam-se luminescentes no olharde
quem nos olha contra um céu desesperado - jardimde
iris açucenas palmeiras cobertas de rocio ea ponte
que nos leva aos campos do sul - lisboa
lugar derradeiro do risoque já não te pode salvar
do cemitério dos prazeres e
morrescarregado de tristezas e de mistérios -
morresalguressentado numa praceta de bairro - o olhar fixono
inferno marítimo das aves
Al Berto