10 outubro 2007
06 outubro 2007
03 outubro 2007
Bruma
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVOUhGKn2ZRxr1twW4_HQsmcp6DK_aj71Yb5YdVgug8m972aWhq_kKRa8u3pkxr43S0GFI67zhb1l8by2bQO0Ahv_o3HXrtD23m0b_n4tsAXe17ntWOzoZXBx6MS2XCq-HFTo/s320/chapa_outubro.jpg)
Tenho em mim como uma bruma
Que nada é nem contém
A saudade de coisa nenhuma,
O desejo de qualquer bem.
Sou envolvido por ela
Como por um nevoeiro
E vejo luzir a última estrela
Por cima da ponta do meu cinzeiro.
Fumei a vida.
Que incerto
Tudo quanto vi ou li!
E todo o mundo é um grande livro aberto
Que em ignorada língua me sorri.
Que nada é nem contém
A saudade de coisa nenhuma,
O desejo de qualquer bem.
Sou envolvido por ela
Como por um nevoeiro
E vejo luzir a última estrela
Por cima da ponta do meu cinzeiro.
Fumei a vida.
Que incerto
Tudo quanto vi ou li!
E todo o mundo é um grande livro aberto
Que em ignorada língua me sorri.
Fernando Pessoa
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